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sexta-feira, 30 de março de 2018

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXXI - Pensamento chauvinista, considerem-se avisados!

"Mulheres jogarem charme, fazerem caras e bocas para atrair a atenção de nós homens e depois, quando chegamos junto, se fingirem de virgens inocentes ou de desentendidas, isso existe desde sempre e aprendemos bem rápido a lidar com isso. Agora, com essa ascensão do tal 'empoderamento feminino', as sem-noção e pirralhas que aprenderam 'feminismo' na internet e tipinhas do gênero fazendo e acontecendo, isso se tornou epidêmico, em toda noitada ou rolê essas criaturas tomaram conta, parece que isso se tornou uma espécie de vingancinha delas (oh!) contra nós homens escrotos.

O colaborador-mor desta tranqueira, exibindo sua sabedoria e perspicápia.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Uma noite do caçador noturno

O caçador noturno e seu amigo de décadas, parceiro de canalhices mil e colaborador mor desta tranqueira, adentram o porão favorito de ambos, cumprimentam os outros habitués e figuras carimbadas da casa noturna, fazem a ronda inicial de sempre pelos diversos ambientes e logo este escriba é cercado, cortejado, abraçado, em suma caros leitores, ele é assediado por uma senhorita que já há tempos o cerca pelos desvãos escuros da escura casa noturna quando o encontra, principalmente na pista de dança do local, ponto excelente para uma abordagem e para contatos mais íntimos. Ocorre que este sujeitinho não está minimamente interessado em um contato mais próximo com a moçoila, e já indicou isso com sua educação que lhe é característica(nenhuma ironia ou sarcasmo nisso; muitos amigos e conhecidos já reconheceram minha finesse e educação com as pessoas em geral, notadamente as mulheres e isso, na minha modesta opinião, não é mais que dever. Por que acham que minha imagem de perfil é a de um dos mais charmosos e elegantes 'cafas' da cultura popular do século XX??). Pois acham que adiantou? Caros leitores, bruaca que é bruaca, que trata de perpetuar as ações macabras dessa linhagem de mulheres aterrorizantes noites afora das nossas metrópoles, não desiste e não se toca nunca. 
E por que essa recusa, caro AlexB? O motivo principal e absoluto, claro, é ser a moça nada atraente para meu gosto particular; o segundo, quase tão importante quanto o primeiro, é que a moça age da maneira clássica que uma mulher decadente age, na noite, a saber: há cerca de dois anos, este escriba se aproximou dela, nesse mesmo porão, condoído com a situação dela, que estava às voltas com uma amiga bêbada como uma porca, caindo pelo chão, etc. (Claro que me aproximei com segundas intenções, além da primeira, mas canalha de estirpe clássica sempre é gentil e prestativo, por mais egoístas que sejam suas reais intenções). Bem, nessa ocasião, após ajudá-la como foi possível, tentei conquistar alguns favores dela, prontamente recusados. Certo, tudo bem, a noitada segue, sem dramas ou ressentimentos, é o que digo e pratico, quase sempre. Opa, opa, um deslize na carreira noturna de nosso canalha? Tentou fisgar uma bruaca, é? Caros leitores, nessa época a moça era bem mais atrativa. Mas o tempo, assim como Patolino o Mago, é implacável(não entenderam a referência? Se virem!)e mais implacável ainda é o desleixo para com a própria forma física e a aparência: nesse meio tempo, nesses meros 24 meses, essa mulher embarangou horrores e se transformou em uma criatura disforme, e coincidentemente passou a me assediar de modo cada vez mais assertivo, conforme me esquivava de seus ataques. 
Bem, eu tenho brios! Recusa  companhia e atenção quando é ao menos razoável de corpo e rosto e passa a agir como uma solteirona sedenta, implorando por essas mesmas companhias e atenção, ao virar uma baranga? Aqui não!!!
E nessa última noite em questão a moça estava 'atacada': me cumprimentou com todo entusiasmo e a plenos pulmões na fila, assim que me viu; fez questão de esbarrar em mim algumas vezes na pista de dança, e last but not least, estava ela no espaço aberto da casa, vulgo 'fumódromo'(palavrinha feia, vamos combinar), abraçada a um amigo em comum, rindo e falando alto, eis que ela me vê e com a naturalidade e charme de uma gansa perneta a sentar no ninho para a postura de seus ovinhos, se desvencilha dele e grita para mim, entre risos forçados: 'Ai, AlexB, me salva, o RangerFurioso(nome fictício, óbvio) está me assediando!". Claro que formamos uma rodinha por única e total iniciativa dela, que se desmancha em elogios a nós dois, mas em dado momento ela me abraça e dispara: "ai, você é demais, eu casaria com você!"
Leitores, já sentiram todo o poder, a essência das trevas, não apenas te rondando, mas prestes a cair sobre você para te consumir? Se já sentiram isso, toda a malignidade que grassa na noite, arfando bem atrás de si, tem uma boa ideia do que experimentei... o calafrio de medo instintivo a avisar, gritando em suas entranhas, que deve se escafeder o mais rápido que puder, antes que uma devastação irreversível se consume sobre seu ser (e sobre sua reputação). Bem, então fácil deduzir o que fiz.
Algum tempo mais tarde, eu e meu amigo estamos no balcão do bar do térreo e topamos com a gerente geral da casa, mulher muito simpática, inteligente, interessante. Entabulamos um papo bastante agradável, sobre assuntos vários. Eis que a bruaca surge e passa por nós, com uma expressão de avidez no rosto, sequiosa por um infeliz no qual descarregar suas pulsões femininas. Me encolho de modo consciente e solto alguma expressão qualquer de medo, ao que a gerente da casa me questiona o porquê da reação. Conto tudo que registrei acima, de modo mais sintético e menos maneirista, claro, e ela reage com essa: 'Você também é perseguido por ela?!Essa doida vive atrás de pelo menos mais uns três frequentadores da casa, sempre se insinuando do modo mais direto. E a infeliz não se toca. Eles são caras espertos, rodados, como você, e não sabem mais o que fazer para se afastar dela!". 
Caros leitores, senti algo estranho, duas sensações simultâneas que não combinavam: alívio por saber que não era o único 'muso'(brrr) da criatura em questão - mas sei por larga experiência, que não era o único, bruaca não tem único alvo, nunca! - e solidariedade para com os outros azarados que aquela criatura persegue.
A noite, seguiu, topei mais algumas vezes com a sujeita, e assim fomos adiante, mergulhando na música e na bebida para aliviarmos os horrores desta existência.

Saudações canalhas e cafajestes.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Postagem curta, fútil e inútil

Abaixo, respectivamente, a imagem da capa do blog, feita em agosto de 2009 e (quase) o mesmo local, de (quase) o mesmo ângulo, feita há pouco, março de 2018:



terça-feira, 6 de março de 2018

O universo pune(e a punição não tarda e não falha)

Este escriba e um de seus parceiros mais contumazes de cafajestadas noturnas estão no seu favorito e já tradicional bar na Rua Angústia, aquele que é um dos últimos bastiões do rock na fervilhante e decadente rua, já tantas vezes aqui citado. A noite avança,  eles vigiam o movimento frenético, gigantesco, da rua e do próprio bar(pois é nada menos que uma das noites do carnaval, evento que eles, roqueiros irredutíveis que são, detestam, obviamente).  Nenhuma das moças que vão e vem, entram e saem parecem dispostas a entabular conversa com dois sujeitos vestidos de pretos e ar de quem não aprecia em nada a fuzarca que domina a cidade e a região central. 
Mas eis que duas moças, de um estilo bastante próximo ao deles, adentram o bar, sentam-se lá nos fundos e se põem a beber e tagarelar. Logo este escriba dirige alguns olhares rápidos e furtivos às moças, que ora parecem corresponder, ora parecem estar a assistir ao programa de tv projetado na tela que cobre uma das paredes do bar, programa que se trata, por um incompreensível arroubo dos donos do bar, de um desfile de escola de samba(!!!!), felizmente sem som.  
A troca de olhares, sempre ligeira, dissimulada, nada explícita, prossegue. E os dois velhacos, talvez desestimulados pelo aparente interesse das moçoilas em alegorias carnavalescas, batuques e quetais, não se animam a dar um passo mais ousado, supondo que receberão uma negativa tão colorida quanto as imagens que desfilam na tela... Sim, caros leitores, AlexB e seu camarada de armas foram dominados pela dúvida, a incerteza e nelas permaneceram.
Por fim, as duas moças se levantam, pagam sua conta e rumam para a porta. E uma delas para, e olha para os dois paspalhos, dispara um aberto, franco e convidativo sorriso e parte noite afora. E os dois parvos se entreolham, trocam palavras de autodepreciação e autocomiseração, até que decidem agir, ao menos um tanto, como homens de verdade: levantam-se e partem em busca das duas damas, que claro, já desapareceram, tragadas pela noite e pela multidão que infesta as calçadas naquela madrugada quente.    
Enfurecidos consigo mesmos, pedem a próxima bebida e antes mesmo de entornarem o primeiro copo dessa rodada uma criaturinha enlouquecedora surge do fundo da noite, uma mocinha de não mais de dezenove anos, vestida em trajes vaporosos(leia-se, sumários), linda, fresca, deslumbrante. Ela se dirige a eles e faz uma pergunta que os desconcerta(algo fácil, dado o estupor em que estavam): pergunta, pura e simplesmente, onde conseguir  certas substâncias ilícitas para animar a noite ou se eles dispõem destas. Este escriba responde, com palavras um tanto tolas e balbuciadas, que não possuem os 'doces' por ela buscados. A garota faz um muxoxo de desprezo e parte de volta para a noite. E este escriba salta atrás dela, decidido a não vacilar uma segunda vez em uma mesma noite, e ele alcança a mocinha e a chama, para tentar retomar a conversa; e ela o rejeita com a veemência que somente as mocinhas de dezenove anos arrogantes devido a sua beleza e poder possuem e sabem usar. 
E assim, AlexB retorna à mesa onde seu parceiro de noitadas o aguardava. Após o curto e lacônico relato, seu companheiro de armas, com sua sabedoria de sempre, sentencia:
- É, o universo pune, e rápido. Ele, o acaso, nos deu a chance de chegar junto daquelas duas belezinhas e não aproveitamos. Daí, ele nos puniu com essa doida...

Nada mais a declarar, 

Saudações canalhas e cafajestes