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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Um grande humanista, dando uma lição curta e preciosa sobre o bem viver





Evito com um cuidado fanático fazer postagens cujo conteúdo mais importante seja de outro site; exercito com uma disposição cega os parcos recursos e habilidades que tenho na arte de combinar palavras e construir algo que tenha algum sentido e valor para alguém mais além de mim mesmo. 
Mas ao topar com essa entrevista desse homem, que é mais que um grande arquiteto, também é um pensador e humanista, uma espécie cada vez mais rara e desprezada no mundo, principalmente neste país ignaro, não tive dúvidas: copiei o link e aí está. 
E por que o caro AlexB posta uma entrevista com um arquiteto num blog dedicado a relatos sobre boêmia, vida noturna, cafajestadas, reflexões porcas e alcoolizadas sobre o mulherio? Simples, ele dá uma lição, em poucas palavras, sobre algo muito caro a este escriba: o apego à liberdade, ao viver sem amarras e ele exalta o Centro de São Paulo, onde vivo e campeio. Motivos mais que suficientes para abrilhantar esta tranqueira, não?
Então, chega de papo furado(olhem só, por fim, várias linhas de minha lavra), absorvam um pouco de verdadeira sabedoria:

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXIX

"Este mundo é o reino dos óvulos."

Frase genial, precisa, curta, direta, dita por um biólogo, que resume praticamente toda a existência dos pobres machos de qualquer espécie que vagam por este planeta: quem manda na existência são as fêmeas, as mulheres, nossas vidas, em suma, consistem em idolatrá-las, adorá-las, seduzi-las, ganhar seus favores, para alcançar seus óvulos, isto é, copular com elas. Ou seja: as mulheres é que governam o mundo e ponto. E ele ainda se saiu com outra: o machismo, portanto, por mais desprezível que seja, não passa de defesa de uma raça que no fundo sabe estar em desvantagem, no íntimo todo homem sabe ser inferior à mulher.

Sem mais,

Saudações canalhas e cafajestes

domingo, 14 de janeiro de 2018

A noite é repleta de armadilhas Ou: Friday Night Feeling

Este escriba terminava a noite no seu mais que habitual bar da rua Angústia, bar em que já é conhecido, um dos frequentadores símbolos, papeando na porta  com um velho amigo que não via há meses, e que encontrara  por puro acaso. A noite já findava, todos manifestavam o desejo de se recolher para suas fortalezas particulares, quando o amigo, antes de partir para o metrô mais próximo, se despede, não sem antes avisar a este escriba: 'Cara, olha essa morena aí do lado, está te encarando, te medindo, descarada e pesadamente!'. Só então este canalha repara na moça de pele mestiça, cabelo volumoso e cacheado, corpo farto. E ela de fato está olhando de modo aberto, ostensivo, o que é retribuído com um olhar tão lascivo quanto e um estudado sorriso cafajeste. Mas eis que, antes mesmo do canalha se achegar à moça e estabelecer contato verbal, um sujeito sai do interior do bar, se dirige a ela, trocam palavras furtivas, de cabeça baixa; em seguida o tal indivíduo dirige um olhar para lá de estranho para este escriba, um olhar não de hostilidade, de marcação de território, mas de...curiosidade e de, quiçá, interesse, o qual encheu este canalha de repelência e causou um arrepio que, garanto, em nome de Afrodite, Baco, Dionísio, Freyja e todas as importantes divindades da lascívia, luxúria, desvario e arrebatamento, não foi de excitação,muito pelo contrário, arrepio que logo se transformou em uma ordem para não se aproximar daqueles dois e ficar onde estava, a qualquer custo, tão estranho e obscuro tornou-se o clima reinante naquele minúsculo trecho da calçada do Centro de São Paulo. Caros leitores, este escriba ficou abertamente amedrontado, mas no instante seguinte um carro para exatamente a nossa frente, ambos se dirigem ao veículo, perguntam algo e entram no dito uber para desaparecer na noite agonizante, não sem antes dispararem um último e ainda mais aterrador olhar. 
Em silêncio e parado este escriba  se recompõe, entra no bar, encontra o proprietário e comenta, sem dar maiores explicações: 'Bicho, como a experiência, ser vivido e rodado, é importante para atravessar uma noite nas ruas, nas noitadas, sem se dar mal. Acho que minha vivência e minha intuição acabaram de me safar de se tornar estatística de alguma coisa muito ruim e que acontece aos montes por esta cidade e este mundo podres. É, a noite é cheia de armadilhas, e creio que acabei de escapar de uma!'

Mais tarde, rabiscando o rascunho que se tornaria esta postagem, não pude deixar de lembrar de uma grande canção de um grande artista que sempre admirei e o qual criminosamente esqueci, nos últimos anos, canção a qual, claro, possui relação temática com este texto. Assim, deleitem-se com uma das obra-primas de Nick Cave, atentando para o seguinte trecho da letra: 

" Well, the night is dark
And the night is deep
And its jaws are open wide"

       

domingo, 7 de janeiro de 2018

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXVIII

"As meninas, quando me perguntam a idade, quase sempre falam: ai, você parece mais novo! Daí, depois de ouvir isso algumas vezes, comecei a responder, na lata: então me dá um beijo!  - Ha ha ha."

Pequena joia de canalhice, disparada por um conhecido, frequentador - como este escriba  - de certos bares roqueiros do centro de São Paulo. Achei a resposta padrão que o sujeito criou tão sagaz, espirituosa e canalha que passarei a adotá-la, noitadas afora, quando as mulheres fizerem essa observação a meu respeito - e ouço que não aparento a idade que tenho com muita frequência. O que os leitores acham? É muita cara de pau e canalhice, será que funcionará? Aguardem relatos a respeito.

Saudações canalhas e cafajestes