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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Você é um homem ou um rato?! (Adivinhem a resposta)

Em idos tempos, este canalha praticava atividades que a moral familiar-burguesa-cristã, por ele tão execrada, como bem sabem, condena sem trégua (bem, ainda as pratico...) Atividades adúlteras, se me faço entender. Em busca de aventuras,  alívios e esquecimento das dores e horrores da vida comum e medíocre, atendendo ao chamado do seu corpo, sequioso por conhecer biblicamente novos corpos femininos, ele se permitia ser tragado pela cidade e pela noite, em busca do fugaz (sempre fugaz, infelizmente) êxtase que lhe permitia suportar, por mais algum tempo, o horror em que estava aprisionado. 
Essas incursões, que me levaram por vezes a lugares e situações inomináveis, ora cômicos, ora degradantes, algumas vezes gloriosos, devido a elementos que prefiro omitir, mas são fáceis de intuir, eram clandestinas, ocultas, praticadas cercadas de cuidados (às vezes, farto de tudo, mandava quaisquer instinto de preservar-se de problemas às favas e flertava com o perigo descaradamente).
Pois então. Nessa época, em um bate-papo com um amigo de muitos anos, colaborador muito esporádico desta tranqueira, e adepto dessas mesmas práticas, chegamos à conclusão que durante essas nossas incursões adúlteras agíamos como verdadeiros ratos de esgoto, roedores que furtivos e baixos saíam da toca e praticavam seus atos vis(dos quais muito se orgulham!!) escondendo-se dos inimigos e predadores. E percebemos, sem a menor vergonha, que gostávamos dessa situação!(e os caros leitores podem adivinhar quem seriam nossos 'predadores', nessa época...)
Pois bem, os anos passaram, a vida deste canalha mudou muito, mas como é óbvio, sua atração pela canalhice não esmoreceu em nada, muitíssimo pelo contrário. E foi atendendo a seus desejos canalhas que há pouco ele arriscou-se a praticar um dos atos que a moralidade hipócrita vigente tanto condena. E durante sua peregrinação pela cidade, rumo ao lugar combinado para a consumação do ato, ele experimentou de novo a sensação de proibido, de ser um rato correndo daqui para ali, ocultando-se dos olhos inquisidores dos invejosos, moralistas e infelizes, avançando mais uns metros rumo a seu objetivo, ocultando-se nas sombras e no anonimato da multidão. E esse canalha sentiu mais uma vez, mesmo que apenas como simulacro e lembrança desses tempos idos, o prazer canalha de se sentir um rato de esgoto correndo pelos cantos, enquanto os desprezíveis e arrogantes humanos não olham.

Saudações canalhas e cafajestes

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