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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Assimetrias

Há algumas semanas, jogava conversa fora com uma conhecida e parceira de copo em um dos únicos bares da rua Angústia que consigo frequentar (tenho de ser justo, aliás, o trecho anterior faz com que frequentar esse bar soe como uma infeliz desdita movida por pura falta de opção e não é assim; pelo contrário, é meu 'buraco' favorito na referida rua).
Pois então, eu e essa moça, uma blueseira e tanto, que ainda por cima arrasa em canjas com os músicos que tocam no referido bar, discutíamos o comportamento humano na noite de São Paulo contemporânea, ela se queixava da falta de inteligência e classe dos homens, eu reclamava da falsidade e burrice das mulheres em geral - e um concordava com o outro, sem restrições, importante registrar. Eis que em dado momento reparamos em uma assimetria interessante, a respeito dessa grosseria que grassa entre as pessoas, ao caírem na noite: se um homem é grosseiro com uma mulher, ao abordá-la, a garota tem todo o direito e o dever de escorraçá-lo de maneira no mínimo proporcional à falta de educação dele, isso é aceito e até mesmo incentivado; se um cara dá um chega para lá veemente ou ríspido em uma garota desagradável, vulgar ou sem educação (e não preciso me alongar a respeito, caros leitores, essas mulheres existem, e aos montes!), ele é visto por todos ao redor com no mínimo um ar de suspeição, quando não censura mesmo e tem de se explicar sobre o porquê de sua atitude. Conclusão a que nós dois chegamos sobre o tema: essa cultura está errada?Não de modo nenhum, temos, homens e mulheres, todo o direito de afastarmos com a devida assertividade gente incômoda, mas é curioso como a reação das pessoas a essa reação, de acordo com o sexo de quem a pratica, é desigual. Estou a reclamar de uma injustiça?Também não, apenas aponto uma curiosidade  que tinha me passado despercebido e que mostra que por mais justas que sejam as reivindicações das feministas racionais (e são justas), elas quase sempre ignoram detalhes, sutilezas e peculiaridades das relações humanas.

Saudações canalhas e cafajestes

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