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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os porcos chauvinistas

Essa postagem inaugura uma nova série dentro do blog. Primeiro, peço aos leitores de mais de trinta anos, ao lerem-na, que cantarolem a introdução do quadro Porcos no Espaços, do lendário e sensacional programa Muppet Show. Os leitores que não são jurássicos que assistam no youtube a essa maravilha, antes de ler.
Pronto? Então, vamos lá: e agora ... Porcos Chauvinistas!!!

Ainda hoje, ao vagar e vadiar pela cidade e dedicar-me à prática de contorção ultra-veloz do pescoço, para admirar os "belos latifúndios dorsais" das mulheres, nas palavras do grande Xico Sá, topei, como sempre
com várias belas de cara e parcas (muitas vezes totalmente parcas) de funda. Ocorreu-me uma interessante conclusão, um daqueles pensamentos que surgem nas cabeçinhas masculinas somente se inspiradas pela visão mais bela do universo.
As caras mulheres que não foram agraciadas pela natureza com curvas e mais curvas libidinosas não deveriam se lamentar, ameaçar de espacamento as que foram, como a pobre loira da uniban, se roer de inveja ou gastar os tubos em próteses arredondadas para engrandecerem suas silhuetas. Não! Pois se, ainda  nas palavras do filósofo cearense, a beleza passa e a feiúra é eterna - ele se referia ao homerio, não ao mulherio - as curvas das bem-feitas pela natureza, todos sabemos, um dia despencarão e se tornarão os declives através dos quais suas amarguras, frustrações e lembranças - verdadeiras ou falsas, pouco importa - mergulharão fundo no poço do azedume, do moralismo falso e barato e na defesa do machismo mais retrógrado, disfarçado de defesa da "moral e dos bons costumes". Já as retas, as tábuas, as sem  grandes atributos curvilíneos serão poupadas dessa decadência e muitas, sou testemunha e vivenciante disso, compensam essa carência com graça, feminilidade e delicadeza.
Assim, que treinem desde já essas qualidades, pois lá diante, na curva dos anos, será a vez de vocês desdenharem das futuras pelancudas e acabadas.      

sábado, 7 de novembro de 2009

a capa



Um atraso imperdoável: finalmente posto a capa do livro que é a razão de existir desse blog. Reparem que é diferente da foto que encima o blog, apesar da mesma, digamos, temática. Ambas foram feitas por um amigo fotógrafo, na mesma noite.

Post inútil e fútil

Essa ocorreu já há longo tempo, mas é atualíssima: uma noite, eu e um amigo, canalha, cafajeste e baixo como eu, estávamos pelo Centro, escolhendo o lugar que adentraríamos para nele exercitar nossa canalhice. Durante a peregrinação, contávamos um ao outro nossos últimos lances, enganações e patetadas com o mulherio. Foi espantoso como um adivinhava o desfecho, com detalhamento máximo: o que a amiguinha, a amante, a qualquer coisa, a quase nada que queríamos que fosse muito dizia, como ela reagia e como já estávamos pesada e terrivelmente escolados com as histerias, manias e táticas que usam e das quais também são vítimas: fingem odiar quando descobrem que o cara é enroscado, compromissado etc, mal escondendo o fascínio; se não gostam de nós ou da cantada, ao invés de serem honestas e diretas - acreditem, nós conseguimos aceitar um não simples e direto. Basta olhar para o próximo par de seios empinados e pontudos e esquecemos imediatamente que uma musa nos rejeitou - preferem dizer que não "rola" porque  é namorada ou enrosco do dj da casa noturna; se não bancamos o cachorrinho babão e não mandamos dois torpedos para o celular, no dia seguinte, somos uns desprezíveis.
Bem, a nada brilhante e inevitável conclusão: não somente os homens são todos iguais, o mesmo pode e deve ser dito sobre as mulheres, essas cândidas, puras e elevadas vítimas de nós seres masculinos da lama. Ou: a espécie humana é sempre igual e digna de desprezo.