Noites Cafajestes à venda

Noites Cafajestes está de novo à venda, agora no site da Amazon Brasil: clique no link abaixo, e digite o nome do livro na pesquisa loja kindle, no alto da página.
Um verdadeiro guia de comportamento e sabedoria canalhas e cafajestes por R$6,00.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - III e IV

"Sabe por que a mulherada passou a zuar tanto, a fazer tanta putaria quanto os homens? Não foi só porque gostamos de sacanagem tanto quanto vocês homens, também nos cansamos e nos revoltamos, os homens não merecem que a mulher com que se casam seja virgem, vocês não merecem a pureza".

De uma colega de profissão, direta e perspicaz.

Para equilibrar, uma reflexão masculina e chauvinista:

" Por que um cara de 32 anos tem de pagar pelas decisões erradas de um de 24? Por que ele é obrigado a aguentar aquilo que o de 24 impôs?" - Claro que ambos são o mesmo sujeito, mas o 32,  lacerado e curtido pelas porradas da vida, não mais se reconhece no rapaz tonto e apaixonado de 24, que claro, se casou com a mulher amada e agora paga o preço.

De um grande amigo canalha, já citado antes.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Post inútil, fútil e curto

Não há nada como uma noite na Augusta ( entendam como quiser). 

Na noite de São Paulo, um som, e não é um gemido de prazer

O tema dessa postagem não é a vida mundana noturna, não é a putaria, é um mistério que perturba este sujeitinho há anos: faz muito tempo que ouço, durante a noite, principalmente quando é madrugada, estrondos e sons de explosões no Bixiga , arredores da Paulista, ruas próximas à Augusta, entorno da Consolação, onde   circulo, peregrino, mergulho e me acabo  com mais assiduidade . Nunca presenciei nada ou soube de algo que explicasse essas quase alucinações sonoras, sons pesados, ribombando pela noite e pela minha imaginação hipertrofiada, como se prédios fossem postos abaixo. Porém, quando o dia chega( moro no Bexiga) nada: nenhuma notícia de que o mundo está desabando, nenhuma vizinha evangélica histérica com a queda de um edifício inteiro, nada que dissipe a sugestão de que estou de fato pirando. Alguém sabe do que se trata ou tem uma especulação? Mais um mistério de São Paulo que assim deve permanecer, para essa metrópole maluca ser o que é? Se alguém tiver respostas ou querer dividir suas especulações,   meus agradecimentos.
Ah, acabou de soar mais uma dessas explosões...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Atraso

Devido a atraso para obter o ISBN junto à Biblioteca Nacional, Noites Cafajestes ainda não se encontra à  venda no Gato Sabido, no entanto, não deixem de pelo menos fuçar o  site( link à direita).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Noites Cafajestes no formato e-book

   Amanhã, 15 de dezembro de 2009, começa a operar a primeira bookstore do Brasil de livros eletrônicos para serem adquiridos, baixados e lidos nos aparelhos próprios, que começam a chegar ao país, a Gato Sabido, baseada no Rio de Janeiro. E com orgulho comunico a meus parcos leitores que o livro que é a razão de existir desse blog, a coletânea de contos chauvinistas, canalhas, parciais e urbanos Noites Cafejestes e Alguns Dias Canalhas, estará à venda nesse sítio eletrônico pioneiro nestas plagas, por R$ 17,00. A capa e o conteúdo são exatamente iguais aos da versão disponível no Clube de Autores, e por um preço bem menor (mais de vinte reais de diferença).
    Algum dia qualquer, conto como consegui ser selecionado para o catálogo da Gato Sabido, mas já adianto que esse evento é uma prova cabal de que por vezes não são necessárias ' brodagem ', 'QI', bons contatos, puxa-saquismo nem coisas assim para se ter uma oportunidade de ser lido e conhecido, no Brasil varonil.Foi o puro e simples acaso, aliado a uma dose de cara-de-pau desse que vos escreve.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Grande novidade

Muito em breve, Noites Cafajestes e Algumas Noites Canalhas estará à venda em formato e-book. Aguardem detalhes.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Novo relato sobre a imbelicidade masculina

A ode ao homerio que segue acompanhava a primeira, postada há algum tempo, e como ela, é total e completamente verídica, exceto nos nomes. Deleitem-se com mais esse registro da idiotice masculina.E não deixem de comentar ( finalmente postaram um comentário. Obrigado, grande Alan!).


Zeca, um rapaz independente

            Zeca era um babaca da pior espécie. Esperto, alto, forte, bonitão, se dava bem até certo ponto em quase tudo, mas vivia em uma eterna puberdade, sempre competindo com os amigos para se mostrar o mais fodão e sempre tentando fazer alguém de seu círculo social a vítima por meio da qual suas qualidades fodescas seriam exaltadas. Tentou fazer isso comigo, mas como eu já era bastante experiente em lidar com tipos como ele, desistiu após duas desmoralizações públicas. Mas tudo bem, continuamos nos falando e nos entendendo em nossa má-vontade mútua.
            Em busca de alguma aventura e emoção, decidido a realizar a obrigação de todo  homem jovem em busca de “independência” e “crescimento”  (a saber, morar longe das asas protetoras de papai e mamãe, mesmo que de maneira postiça e com prazo de duração definido) e fascinado pelas “fascinantes” festas da USP, ele enfiou-se no apartamento de uma amiga que morava no CRUSP, o conjunto residencial da universidade, fazendo uso da maravilha que era aquela zona negra de ninguém conhecida como “hóspede do apartamento”, que vocês podem imaginar o que realmente era.
            Numa noite de sexta-feira, após as aulas, eu, Zeca, Ana e Carla (as garotas com que ele morava) caminhamos da Faculdade de Ciências Humanas para o CRUSP (uma caminhada de menos de quinhentos metros). Eu meio que morava com uma namorada no Bexiga e não podia ignorar que os malditos ônibus que circulavam pela Cidade Universitária desfilavam sua decrepitude metálica até 11:30. Eles, claro, estavam leves e felizes. Zeca pediu para ir até lá com ele para ajudá-lo a pôr uma carga no carro e topei de pronto, sem suspeitar que lição sobre a idiotice e ridículo dos  homens  me aguardava.
            Chegamos, subimos ao apartamento, conversamos uns minutos, esvaziamos uma lata de cerveja cada um e em seguida ajudei Zeca a levar dois sacos de lona até seu carro, um Escort preto que, perto dos montes de carros zero quilômetro que descansavam no estacionamento do centro habitacional que existia em plena USP para abrigar estudantes sem condições de pagar aluguel, era acanhado e pobre.
            Os sacos pareciam conter roupas e eram bem grandes e pesados. Enquanto ele abria o porta malas do possante, perguntei:
            “ Hã, Zeca, o que tem neles?”
            E ele respondeu com a maior calma, sem se alterar:
            “ Minhas roupas que usei durante a semana. Vou visitar minha mãe amanhã e estou levando para ela lavar.”
            Olhei para ele por um momento e fiz um comentário:
            “ Sei. Mas esse aqui está pesado pacas. “
            “ É que esse tem toda a minha roupa de cama, que tive de trocar antes da hora. Trouxe uma mina da Sociais para casa ontem e comi ela, foi um sexo bem gostoso, legal, sabe? Mas ela estava menstruada e sujou toda a minha cama. Então estou levando para minha mãe lavar e secar lá. Fazer isso aqui no Crusp com lençóis e fronhas é complicado.”
            Olhei mais uma vez para aquele sujeito, o mesmo que uma semana antes tirara um sarro de um cara de nossa sala, porque este cometia o crime de ainda morar com os pais. Não satisfeito, ainda dissera que o rapaz, que ficou quieto, tinha todo o jeito de ser um “filhinho da mamãe” que nunca se libertaria dela. Enfiei o saco no porta-malas, apertei a mão dele e fui para o ponto de ônibus. 

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os porcos chauvinistas

Essa postagem inaugura uma nova série dentro do blog. Primeiro, peço aos leitores de mais de trinta anos, ao lerem-na, que cantarolem a introdução do quadro Porcos no Espaços, do lendário e sensacional programa Muppet Show. Os leitores que não são jurássicos que assistam no youtube a essa maravilha, antes de ler.
Pronto? Então, vamos lá: e agora ... Porcos Chauvinistas!!!

Ainda hoje, ao vagar e vadiar pela cidade e dedicar-me à prática de contorção ultra-veloz do pescoço, para admirar os "belos latifúndios dorsais" das mulheres, nas palavras do grande Xico Sá, topei, como sempre
com várias belas de cara e parcas (muitas vezes totalmente parcas) de funda. Ocorreu-me uma interessante conclusão, um daqueles pensamentos que surgem nas cabeçinhas masculinas somente se inspiradas pela visão mais bela do universo.
As caras mulheres que não foram agraciadas pela natureza com curvas e mais curvas libidinosas não deveriam se lamentar, ameaçar de espacamento as que foram, como a pobre loira da uniban, se roer de inveja ou gastar os tubos em próteses arredondadas para engrandecerem suas silhuetas. Não! Pois se, ainda  nas palavras do filósofo cearense, a beleza passa e a feiúra é eterna - ele se referia ao homerio, não ao mulherio - as curvas das bem-feitas pela natureza, todos sabemos, um dia despencarão e se tornarão os declives através dos quais suas amarguras, frustrações e lembranças - verdadeiras ou falsas, pouco importa - mergulharão fundo no poço do azedume, do moralismo falso e barato e na defesa do machismo mais retrógrado, disfarçado de defesa da "moral e dos bons costumes". Já as retas, as tábuas, as sem  grandes atributos curvilíneos serão poupadas dessa decadência e muitas, sou testemunha e vivenciante disso, compensam essa carência com graça, feminilidade e delicadeza.
Assim, que treinem desde já essas qualidades, pois lá diante, na curva dos anos, será a vez de vocês desdenharem das futuras pelancudas e acabadas.      

sábado, 7 de novembro de 2009

a capa



Um atraso imperdoável: finalmente posto a capa do livro que é a razão de existir desse blog. Reparem que é diferente da foto que encima o blog, apesar da mesma, digamos, temática. Ambas foram feitas por um amigo fotógrafo, na mesma noite.

Post inútil e fútil

Essa ocorreu já há longo tempo, mas é atualíssima: uma noite, eu e um amigo, canalha, cafajeste e baixo como eu, estávamos pelo Centro, escolhendo o lugar que adentraríamos para nele exercitar nossa canalhice. Durante a peregrinação, contávamos um ao outro nossos últimos lances, enganações e patetadas com o mulherio. Foi espantoso como um adivinhava o desfecho, com detalhamento máximo: o que a amiguinha, a amante, a qualquer coisa, a quase nada que queríamos que fosse muito dizia, como ela reagia e como já estávamos pesada e terrivelmente escolados com as histerias, manias e táticas que usam e das quais também são vítimas: fingem odiar quando descobrem que o cara é enroscado, compromissado etc, mal escondendo o fascínio; se não gostam de nós ou da cantada, ao invés de serem honestas e diretas - acreditem, nós conseguimos aceitar um não simples e direto. Basta olhar para o próximo par de seios empinados e pontudos e esquecemos imediatamente que uma musa nos rejeitou - preferem dizer que não "rola" porque  é namorada ou enrosco do dj da casa noturna; se não bancamos o cachorrinho babão e não mandamos dois torpedos para o celular, no dia seguinte, somos uns desprezíveis.
Bem, a nada brilhante e inevitável conclusão: não somente os homens são todos iguais, o mesmo pode e deve ser dito sobre as mulheres, essas cândidas, puras e elevadas vítimas de nós seres masculinos da lama. Ou: a espécie humana é sempre igual e digna de desprezo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Relato sobre a imbecilidade masculina


Uma demonstração de quem também sei criticar os homens, essas desprezíveis criaturas que dominam inconteste esse mundo, no que diz respeito a ser idiota.
Aviso: o texto abaixo é absolutamente verídico. Alterei somente os nomes. O escrevi para ser parte de um livreto caseiro que imprimi e espalhei por mesas de bares e faculdades, há pouco mais de um ano.

Lúcio, o mais esperto da turma

           Conheci Lúcio no colegial. O cara era demais. Comia todas, conhecia todos os puteiros do centro e era amigo das putas, sem ser gay conversava com e era respeitado pelos michês da Praça da República e da São Luís, dava conselhos sobre mulheres para todos com que topava, tratou de trazer uns “manos” para apavorarem Marcos, um cara de nossa sala que ousara ficar com uma mina que pertenceria a ele Lúcio; era um íntimo do submundo do centrão, onde morava, um homem de verdade, que vivia avisando para não cometermos a imprudência de deixarmos nossas inocentes irmãs perto dele, pois, como bem sabíamos, ele “comia mesmo”, era um fodão.

            Finalmente, após uns anos e vários trancos, todos nós estávamos terminando o curso técnico em que nos conhecemos. Chegara a hora de, nas palavras de Nando, o maior idiota que jamais conheci e mestre espiritual, líder, modelo e exemplo para muitos daquele bando de coitados posando de machos, “começar a pensar sério, pois está na hora de sossegarmos. Uma hora tanta loucura e problemas cansam.” Isso poderia fazer sentido para ele, que, entre outras presepadas, aos dezessete ficara noivo (a sério) de uma ex-viciada em cocaína e lésbica (mal) enrustida, junto com a qual protagonizou cenas de congelar de vergonha os que simplesmente presenciavam as mesmas – imagine o que os amigos deles sentiam –. Bem, ele soltou essa para um bando de frangotes que mal tinham passado dos dezoito anos, e claro que vários caíram nesse papo-furado.
            Como bom puxa-saco, Lúcio seguiu o conselho e logo engatou um namoro sério com Vanessa, uma loirinha meiga e agradável, meio ingênua, uma dessas estudantes sérias, aspirantes a noivinha, que existem em toda escola, por pior e mais degradada que seja. E logo só dava eles de mãos dadas para lá e para cá, desfilando pelo Centro e cinemas da Paulista como dois adolescentes no primeiro namoro.

            Acabamos o colegial, entramos na universidade e o namoro continuou. Ele virou consultor de informática ou uma merda do gênero e passou a se vestir como um aspirante a yuppie: blazer e terninhos comprados a prestação em magazines, sapato de couro, cabelos com gel. E Vanessa a tiracolo. Não demoraram a falar em casamento. Esse, eu matutava quando o via, será um futuro pai de família que vai exigir comportamento de machão do filho e vida de vestal da filhinha pura e cândida.

            Anos e anos se passaram e aquela turma se via cada vez menos. Um dia, alguém teve a idéia de alugar uma quadra de futebol de salão por uma tarde, para nos revermos, jogarmos umas partidinhas e entornarmos várias em seguida. Como eu morava bem perto da quadra em questão e meus únicos amigos daquela patota insistiram, lá fui eu.

            Após três horas em que exibimos uns aos outros nossa imperecível falta de técnica e nossa crescente falta de condições físicas, atacamos o estoque de cerveja do bar. Já era noite e a conversa, é claro, girava em torno de mulheres. Nando e Lúcio contavam suas habituais e tediosas vantagens a respeito do tema quando alguém perguntou ao último:

            – É verdade que você e a Vanessa terminaram?

            – É sim. – respondeu desviando o olhar.

            – O que aconteceu?

            – Bem... pegou o copo e esvaziou-o de um só gole, esperando que a bebida rala lhe desse forças, e continuou: Vocês sabem, eu sou foda, não vacilo, como todas mesmo, nunca deixei de comer outras por fora, sou conhecido em um monte de puteiros, entro em lugares que até o diabo tem medo. Comecei a namorar uma puta.

            – Ela descobriu.

            – Isso. – olhou para o lado novamente.

            – Como foi?

            – Estava dando uma volta com ela, a puta, e por acaso passamos em frente do prédio da Vanessa. Por descuido, apontei e disse:

            – Minha namorada mora aí, no quinto andar.

            Parei de beber imediatamente, pousei o copo na mesa e olhei fixo para o cara. Ninguém reparou no meu gesto ou olhar.

            – Não diga que ela foi até lá e contou para a Vanessa.

            – Pois foi. Márcia, a puta, sabia que eu namorava sério. Mas deu a fazer exigências, brigar por nada e resolvi dar um pé. No dia seguinte chamou por ela e contou tudo.

            Não me contive e perguntei com voz neutra:

            – Por que você fez isso? Como deixou uma coisa dessas escapar?

            Lúcio me olhou com uma certa raiva, inconformado por justamente eu fazer aquela pergunta e mais uma vez desviando o olhar, respondeu:

            – Pois é, eu vacilei.

            Encarei aquele sujeito magrela e baixinho, que por anos desfez de vários de nós ali presentes e experimentei um doce e mesquinho sabor de vingança. Bebi mais um pouco, apertei a mão de todos e fui caminhando rumo a minha casa, tranqüilo e feliz. Durante o trajeto, esbarrei em um grupo de conhecidos. Convidaram-me para uma noitada no Madame Satã. Cheguei em casa, aprontei-me, encontrei-os no lugar e hora combinados e me diverti muito, terminando a noite bem acompanhado.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Outros (ótimos) blogs

Informação aos poucos e improváveis leitores desse blog: o dono do dito cujo não só é um canalha barato, mas também um cultor da boêmia paulistana, como a imagem que encima o blog permite deduzir. Da boêmia nova e da antiga desta cidade, diga-se. Assim, não posso deixar de citar o tocante texto de Lourenço Diaféria que Matheus  Trunk postou em seu blog sobre um tempo que não voltará, infelizmente, e não posso deixar de agradecê-lo pela citação que fez ao fim da postagem. O link para o texto é  http://violaosardinhaepao.blogspot.com/2009/10/m-ou-ultima-pa-de-cal-sobre-seis-boates.html e o link para o ótimo blog do cara está à direita. Acessem e leiam, não se arrependerão.


domingo, 11 de outubro de 2009

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - II

Um amigo estrangeiro, que inclusive há pouco tempo voltou à terra natal, arrumou, durante sua estada nesta terrinha tão putana e hipócrita, umas três filhas, entre oficiais e supostas. Perguntou a uma delas, quase adulta:
"Por que você e suas amigas nunca namoram caras mais inteligentes ou espertos que vocês?"
A magnífica resposta: " Porque queremos mandar nos homens." 

domingo, 4 de outubro de 2009

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - I

" O homem entra em um relacionamento com a intenção de gostar, já a mulher de mudar o outro. "
Um amigo canalha, em junho desse ano.

domingo, 27 de setembro de 2009

Reflexão feminina

Como prometido, a inteligente reflexão de uma amiga sobre os bailinhos de adolescência.

Primeiro, nostalgia travestida de explicação:

sou de uma geração que experimentou, a despeito de então (e sempre e até hoje) pensarmos e querermos sexo e mais sexo,  tanto quanto qualquer pessoa normal, uma relação menos banal, predatória e apressada com a coisa, com o ato e seus mágicos significados e epifanias. Sou de uma geração que, antes de ter idade, meios e capacidade de cair na noite, nos verdadeiros inferninhos, "noitadas" ( alguém ainda usa esse termo, ao invés do insuportável "balada"?) e putarias, se esbaldava, dentro de nossas limitações e ingenuidades, nos bailinhos de sábado à noite feitos nas garagens das casas dos amigos e das nossas, eventos em que erámos os djs, dançarinos, garçons, organizadores, porteiros... Uma instituição da periferia e dos bairros de classe média baixa de São Paulo, que não sei se ainda existem ou se existem, se na forma que experimentei.

Bem, minha grande amiga citada no último post, na mesma ocasião disse que, na época em que viveu esses bailinhos, ela e amigas sentiam-se como frutas em exposição numa barraca de feira, pois os meninos passavam e as avaliavam, para escolher uma e dançarem agarrados uma "música lenta" (esse é um termo realmente abissal de tão antigo!).Quando contei que eu e amigos sempre, durante essas famigeradas danças, tentavámos fazer nossas mãos nada bobas deslizarem e apalparem o corpo da parceira de dança, ela saiu-se com essa:
" Tá vendo, nós eramos frutas na feira mesmo, de se apalpar para ver a qualidade e tudo!"
Depois dessa observação, o que mais fazer além de rir, concordar e mudar de assunto?

domingo, 20 de setembro de 2009

Reformulando Pensamentos

Após um dia difícil e desgastante, mas gratificante, em que estive por muitas  horas trabalhando lado a lado com  uma grande e velha amiga, íamos para o recôndito de nossos lares. Parados em uma rua da zona oeste, esperando para seguir nosso rumo, divagávamos. Ela comentou este blog, divertida, ainda que algo horrorizada e propôs uma reformulação para o primeiro pensamento postado: sim, os canalhas amam uma mulher, uma vez  na vida: suas mães e só! Rimos muitos e decidi publicar essa jóia de sagacidade, pois sou um cafajeste, mas que reconhece e idolatra a sabedoria que só as mulheres possuem. E breve postarei outra grande observação de autoria dela, sobre os priscos bailinhos de sábado à noite dos começos de adolescência.  

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pensamentos

Os canalhas também amam, mas somente uma vez na vida.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Homem bom de cama, machão e esperto, mas sem passado...

Há pouco dias pela primeira vez conversei longamente com uma garota que já conheço há tempos, mas da qual pouco sabia, até então. Ela tem metade de minha idade mas sabedoria e maturidade inusitadas para seus 17 anos. Contou sua história com os pais: nunca viveram juntos, foi criada pela mãe, mas o pai era um cara presente, atencioso etc e tal. A coisa desandou, adivinhem, quando ele, o pai, casou-se com outra mulher e foi viver no interior. A madrasta nunca a tratou bem, competia com ela, chamava-a de nomes impublicáveis. E claro, tentou ter uma filha mulher seguidas vezes, para que a pura e imaculada menininha que surgisse desse amor puro e celestial tomasse o lugar que a suja e vilã que é minha amiga ocupa no coração do cara, sem merecer, é claro.
E por que relato isso? Porque o penúltimo conto do Noites Cafajestes, "Como Suzana Retornou à vida de João Eduardo", trata exatamente disso: de como a esmagadora maioria das mulheres não aceita que seus namorados, ficantes, maridos (nesse caso, sempre a coisa fode bonito: se o cara tem filhos de uma relação anterior, esses e sua mãe serão agentes da danação e do mal por cinco eternidades afora) tenham uma vida amorosa e/ou sexual anterior. Daí o título dessa postagem: as mulheres querem algo impossível, um cara que saiba provocar-lhes orgasmos múltiplos sem-fim, duro na queda, que saiba lidar com esse mundo cão e garantir o dela e de sua prole sem ser passado para trás. Mas que não tenha tido muitas mulheres antes, muito menos filhos.
Por fim, um convite às mulheres que leram o texto até aqui e ainda não estão me execrando: escrevam nos comentários, sua opinião sincera sobre o tema. Por que é tão difícil, para quase todo o mulherio, aceitar que seu homem tem passado?
às corajosas e sinceras, agradecimentos.
Alex B